quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Escola da rede municipal de Piratuba implanta Biodigestor



Equipamento gera economia com a produção de biogás e biofertilizante


O biodigestor já está funcionando na Escola de Educação Básica Marechal Câmara, da comunidade de Uruguai, no interior de Piratuba. O equipamento, modelo indiano, foi construído com o auxílio de professores e dos próprios alunos, e faz parte de um projeto de preservação ao meio ambiente e que também pretende transformar a escola em uma instituição 100% sustentável.

Com canos de PVC, uma caixa d’água, uma base de concreto, tijolos, outros materiais simples e força de vontade, a iniciativa saiu do papel. “Tudo foi feito aqui, com a participação dos alunos e nossa intenção é ir além da teoria e mostrar que é possível colocar em prática, ações que fazem a diferença. Desta forma eles realmente entendem o que significa e qual a importância da sustentabilidade”, comenta a diretora da escola, Andreia Braga. “Aqui já temos um sistema de captação de água da chuva, que também faz parte do projeto 100% sustentável. Usamos esta água nos banheiros e na limpeza da escola”, conta ela.

Toda sobra de alimentos da merenda escolar e restos de frutas são triturados e depositados no equipamento, que transforma esta matéria orgânica em gás e adubo, através de um processo de fermentação. “É um ciclo sustentável, que gera economia para a escola e preservação do meio ambiente, pois esta matéria orgânica se estivesse depositada em lugar inapropriado, estaria em decomposição, gerando o gás metano, que é causador do efeito estufa”, explica o gestor ambiental e extensionista rural da Epagri, Alexsandro Schmitz, que auxilia no desenvolvimento do projeto.

Para a implantação do biodigestor a escola contou com a parceria da Secretaria de Educação, Epagri e Consórcio Machadinho, que fez o investimento de R$ 3 mil, para a compra do material. Além de gerar biogás e biofertilizante, o equipamento também gera conhecimento e consciência ambiental. Quem garante é o aluno Wesley Miguel Martinazzo Petter, de 13 anos, que também auxiliou na construção. “Aprendemos que este é um processo sustentável, não perdemos nada, tudo é reaproveitado. Geramos biogás para a cozinha e adubo para a nossa horta aqui da escola, sem prejudicar a natureza”, relata. “O gás é usado para preparar nossos alimentos e o adubo vai para a horta, que produz os legumes e verduras da merenda”, detalha Wesley.

O biodigestor produz todo o adubo da horta e também deve gerar uma economia de cerca de R$ 500,00 por ano, com a utilização do biogás na escola. Em 12 meses a média de produção do equipamento é de cerca de 10 botijões de gás, destes utilizados em casa.
Por Cristiano Mortari